O ex-candidato a prefeito pelo PSDB em Taboão da Serra, Engenheiro Daniel se filiou ao Republicanos e aceitou o convite para ser secretário de Obras do governo Ney Santos.
A Câmara Municipal de Embu-Guaçu oficializou nesta quinta-feira (03) a extinção do mandato do prefeito André George Neres de Farias. A decisão foi tomada pelo presidente da Casa, João Domingues Mendes, com base no artigo 78 da Lei Orgânica do Município e foi registrada por meio do Ato da Presidência nº 020/2025. Nesta sexta, 4/7, uma sessão extraordinária será realizada para extinguir o mandato de Neres e será declarado como prefeito, o vice: Francisco José do Nascimento, conhecido como Neguinho.
A medida cumpre determinação judicial da 370ª Zona Eleitoral, assinada pelo juiz Dr. André Livinallly Wedy, que comunicou a suspensão dos direitos políticos de André Neres em razão de condenação criminal com trânsito em julgado, conforme a ação penal nº 1511159-48.2022.8.26.0177. A certidão de quitação eleitoral, afixada no mural da Câmara, comprova que o então prefeito não está quite com a Justiça Eleitoral, o que o impede de exercer cargos eletivos.
Impacto administrativo e nova gestão
Com a perda de mandato, a Câmara notificou o vice-prefeito Francisco José do Nascimento, que deve assumir interinamente a chefia do Executivo. O Tribunal Regional Eleitoral também foi comunicado. Uma sessão extraordinária será convocada para formalizar a decisão em ata, como prevê a legislação municipal.
Mesmo após a condenação e com ciência da ação judicial, o ex-prefeito assinou um contrato emergencial de R$ 7,5 milhões na área da saúde. A legalidade da contratação pode ser questionada, já que ele se encontrava em situação jurídica fragilizada.
O episódio repercute fortemente no meio político local e levanta debates sobre a responsabilização de agentes públicos condenados judicialmente e a importância do cumprimento das decisões judiciais.
Condenação teve origem em medida protetiva descumprida
Segundo sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo, André Neres foi condenado a 4 meses e 20 dias de detenção em regime aberto, com suspensão condicional da pena por dois anos (sursis), por ter descumprido medida protetiva imposta em favor de sua ex-esposa, Talita David Neres de Farias. O caso remonta a 18 de maio de 2022, quando o então candidato à reeleição entrou em uma padaria e permaneceu no mesmo ambiente da vítima, contrariando a determinação judicial de afastamento e proibição de contato.
Durante o processo, o réu alegou que estava em campanha e teria apenas cumprimentado moradores no local. A Justiça, no entanto, entendeu que houve violação da ordem judicial.
Foto divulgação
A Justiça de Embu das Artes determinou, na última quarta-feira, dia 8 de janeiro, a suspensão da eleição da mesa diretora “para que seja assegurada a participação de todos os vereadores na votação”. A sessão de posse, ocorrida no dia 1º de janeiro, foi bastante conturbada e marcada por gritos e xingamentos. Na ocasião, sete vereadores da base governista se uniram a quatro opositores e elegeram, contra a vontade de Hugo Prado e seu grupo, Abel Arantes (Solidariedade) como presidente da Câmara.
Além disso, foram eleitos para compor a mesa diretora: Vice-presidente: Diego Lopes da Paixão (Podemos), Primeiro-secretário: Índio Silva (Republicanos), Segundo-secretário: Gideon Santos Júnior (PV), Terceiro-secretário: Abidan Henrique (PSB) e Suplente da mesa: Bobilel Castilho (MDB)
A juíza Ana Sylvia Lorenzeti Ferreira também solicitou informações à Câmara Municipal, destacando que “a decisão poderá ser revista após a prestação das informações pela autoridade apontada como coatora”.
Grupo dos 11
Em coletiva de imprensa concedida pelo grupo dos 11 vereadores, na última quarta-feira (8/1), na Câmara Municipal, os edis declararam que a eleição da mesa diretora representa "o voto da liberdade". Os vereadores de base afirmaram que irão votar nos projetos que forem benéficos para a população, negaram ruptura com o governo e salientaram que estão abertos ao diálogo, embora, até o momento, ainda não tenham sido procurados pelo governo.
“Foi formado porque tínhamos um sonho. Tentamos uma composição com o governo. Somos base aliada, não houve nada escondido, e pedimos o voto para os vereadores que compõem [o grupo]”, explicou o presidente Abel Arantes. “A nossa maior vitória aqui é a liberdade da Câmara, o equilíbrio dos poderes, é ter uma Câmara forte e que vai lutar pela população”, afirmou. Confira entrevista.
O grupo dos 11 é composto pelos seguintes vereadores:
Abidan Henrique (PSB)
Uriel Biazin (Solidariedade)
Gideon Júnior (PV)
Diego Paixão (Podemos)
Abel Arantes (Solidariedade)
Bobilel Castilho (MDB)
Índio Silva (Republicanos)
Zé do Piscinão (PP)
Juneca (MDB)
Ricardo Almeida (Republicanos)
Léo Novaes (PL)
Mandado de Segurança
Os vereadores governistas Alexandre Campos Silva, Leandro de Souza (Betinho), José de Souza Santos (Dedé) e Vanessa Isabel Teodoro da Silva (Vanessa da Saúde) ingressaram com um mandado de segurança, argumentando que “teriam tido lesado seu direito líquido e certo”, ou seja, “não foram cumpridos os ritos previstos no regimento interno da Câmara”.
A Justiça Eleitoral da 201ª Zona de Itapecerica da Serra julgou procedentes as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) propostas contra o Partido Republicanos (PRB) de Juquitiba e seus candidatos, por fraude à cota de gênero nas eleições municipais de 2024. A decisão, proferida nos processos nº 0601527-45.2024.6.26.0201 e 0601529-15.2024.6.26.0201, determinou a cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) da legenda e dos diplomas de todos os vereadores eleitos vinculados à chapa proporcional.
A ação foi movida inicialmente por André Gonçalves (PODEMOS) e, após a desistência, assumida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Outro processo com mesmo objeto foi proposto por Rogério de Souza Ramos e Nilson Santos Bonfim, sendo ambos julgados conjuntamente.
Segundo a sentença, os investigados — Maíra Pigosso Victor Vieira, Fábio de Oliveira Leitão, Leonardo Henrique Lopes Tavares, Luiz Cesar Godinho e Adélia Cardozo — teriam concorrido em uma chapa na qual a candidatura de Adélia Cardozo foi considerada fictícia, usada apenas para cumprir formalmente a exigência legal de 30% de candidaturas femininas prevista no artigo 10, §3º, da Lei nº 9.504/1997.
Fraude caracterizada por indícios robustos
De acordo com o juiz responsável pelo caso, a fraude ficou comprovada por “indícios robustos”, entre eles:
- Votação inexpressiva — a candidata obteve apenas cinco votos;
- Ausência total de gastos de campanha, indicando inatividade financeira;
- Inexistência de atos de campanha, sem materiais, publicações ou atividades que demonstrassem esforço eleitoral real.
A sentença destaca que tais elementos configuram “desvio de finalidade”, demonstrando que a candidatura foi usada apenas para preencher a cota de gênero, sem efetiva intenção de concorrer. O magistrado classificou a prática como abuso de poder político, violando os princípios de igualdade e participação feminina no processo eleitoral.
Defesa rejeitada
Na defesa conjunta, os investigados alegaram nulidade de citação e inepcia da inicial por falta de provas. Ambos os argumentos foram rejeitados pelo juiz, que afirmou que o comparecimento espontâneo e a apresentação de defesa supriram eventual vício processual e que a petição inicial possuía justa causa e plausibilidade jurídica.
Ainda segundo a defesa, Adélia Cardozo teria cumprido todas as obrigações formais e prestado contas aprovadas. No entanto, o juízo entendeu que a ausência de movimentação financeira e de atos de campanha comprova a inexistência de propósito eleitoral legítimo.
Efeitos da decisão
O juiz eleitoral determinou:
A cassação do DRAP do Partido Republicanos referente às eleições de 2024;
A cassação dos diplomas de todos os candidatos eleitos pela legenda, independentemente de prova de participação ou anuência (conforme Súmula nº 73 do TSE);
A decretação da inelegibilidade de Adélia Cardozo, Leonardo Henrique Lopes Tavares e Luiz Cesar Godinho, por oito anos, por prática de fraude à cota de gênero;
A nulidade dos votos obtidos pelo Republicanos nas eleições proporcionais de Juquitiba, com recontagem dos quocientes eleitoral e partidário para redefinição das cadeiras na Câmara Municipal.
Após o trânsito em julgado, a Justiça Eleitoral deverá oficiar a Câmara Municipal de Juquitiba para ciência integral da decisão e execução dos efeitos determinados.
Entenda o caso
O caso envolveu a candidatura de Adélia Cardozo, apontada pelo Ministério Público Eleitoral como inexistente na prática, já que obteve apenas cinco votos, não apresentou despesas de campanha e não realizou nenhum ato público de divulgação. Segundo o MPE, a situação representou tentativa de burlar a política de incentivo à participação feminina nos pleitos municipais.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), em decisão anterior, havia mantido a diplomação dos eleitos até o julgamento final. Com a sentença de primeiro grau agora proferida, o caso ainda cabe recurso ao próprio TRE-SP.
Paulo Talarico / Agência Mural
As eleições acontecem neste próximo domingo, 6. Nesta data das 8h às 18h os eleitores escolhem prefeito (a) e um vereador. Conheça os candidatos de Embu das Artes para prefeito: Antônio Cavalcante (PRD), David Orlandi (PCO); Hugo Prado (Republicanos) que é o candidato do atual governo Ney Santos e Rosangela Santos (PT).
O candidato Antônio Cavalcante tem como objetivo principal em seu plano de governo propor soluções e erradicar o desperdício dos recursos públicos e a valorização dos servidores públicos.
“O objetivo do nosso plano é propor soluções para os problemas, com erradicação do desperdício dos recursos públicos, buscando assim a valorização e qualificação dos Servidores Públicos, visando atender à população com maior eficiência e qualidade”, diz o plano de governo do candidato Antônio Cavalcante.
O candidato David Orlandi acredita que “a administração pública não deve ser feita por burocratas, mas sim pelos próprios trabalhadores em cada uma de suas áreas de atuação. Os trabalhadores da educação e a comunidade escolar devem tomar as decisões sobre a educação. Os trabalhadores da saúde e a comunidade que utiliza os serviços devem tomar as decisões. Nenhuma instância do governo municipal deve ser deixada nas mãos de burocratas”.
O candidato do governo Hugo Prado fala em valores, esperança, fé e confiança para construir uma cidade que supere as dificuldades impostas por crises passadas e voltar a se desenvolver.
"Valores imprescindíveis presentes em nós, embuenses, foram moldados na esperança, na fé e na confiança. Tolerância, liberdade, respeito e diálogo só existem quando confiamos uns nos outros. Embu das Artes precisa de um pacto de confiança para superar as dificuldades, perdas e desafios impostos por crises passadas e voltar a se desenvolver e crescer, gerando emprego, renda e tranquilidade social às famílias".
Já a candidata Rosangela Santos tem como proposta em seu plano de governo “renovar e reestruturar a gestão pública, combater e eliminar a corrupção, ampliar e qualificar os serviços prestados pela prefeitura e melhorar a qualidade de vida dos moradores de Embu das Artes”.
Por Informativo Taboão e Click Regional
