Na primeira sessão após o recesso legislativo, realizada nesta terça-feira (6), os vereadores de Itapecerica da Serra levantaram duras críticas contra a Zona Azul, sistema de estacionamento rotativo cobrado nas ruas centrais da cidade. O debate surgiu após requerimento apresentado pelo vereador Giba, que questionou o funcionamento do aplicativo responsável pela cobrança.
No documento, Giba pediu esclarecimentos sobre se o aplicativo notifica os motoristas para regularização e qual o prazo máximo antes da autuação. Durante a sessão, o parlamentar afirmou que a Zona Azul tem causado transtornos à população.
“O método operante piorou. Recebi diversas reclamações há tempos. O munícipe tem pagado o preço: não consegue regularizar, é gerada multa e pontos na carteira de habilitação”, disse.
O vereador Gustavo Mariani denunciou que houve irregularidades na renovação do contrato durante o governo do ex-prefeito Francisco Nakano. Já Alex Pires reforçou que o sistema não traz benefícios.
“Não traz benefício nenhum, só lesa o bolso da população. Colocaram um carro que não funcionava, é para dificultar e gerar multa. Temos meios para retirarmos essa Zona Azul”, afirmou. “Será que esse mal funcionamento também não cabe uma notificação e multa?”, questionou.
Na mesma linha, Daniel Belchior propôs uma ação conjunta: “Vamos fazer esse compromisso: todos os vereadores entrarem com o pedido para quebra do contrato na próxima sessão”.
Mauro Cavalheiro destacou falhas na identificação de vagas especiais: “O carro não identifica se a vaga é de idoso, autista. Notifica de qualquer forma, só sabe quando chega a multa em casa. Até quando vamos permitir que empresa faça o que quer nessa cidade?”, questionou.
Para o vereador José Martins, a mudança para o sistema digital marcou o início dos problemas. “A empresa sempre foi essa e não se adequou às mudanças. Antes, havia relação com o munícipe, com a notificação em papel. Agora, sem resposta no aplicativo, ficamos para trás. Talvez o aplicativo possa se adaptar; caso contrário, só restará a retirada da Zona Azul, por meio jurídico. Mas, vamos nos debruçar sobre a proposta que recebi de um agente de trânsito [da cidade de Santo André – onde tudo é feito pelo aplicativo – desde as notificações, quanto as formas e onde pagar”, afirmou.
Como funcionava
Até abril, fiscais deixavam um aviso no painel dos veículos estacionados, e os motoristas faziam o pagamento em pontos credenciados.
Funcionamento atual
Desde 28 de abril, a cobrança passou a ser exclusivamente digital. Agora, o munícipe pode ativar a Zona Azul em pontos de venda, pelo aplicativo Panda Parking, via WhatsApp com pagamento por Pix ou pelo app Sem Parar. Além disso, um veículo da empresa contratada circula para identificar irregularidades. Ao todo há trinta minutos de tolerância.
A Zona Azul opera de segunda a sexta-feira das 9h às 18h , e aos sábados, das 9h às 13h.
Foto Câmara divulgação
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) emitiu um comunicado orientando os moradores a usarem a água de forma consciente neste fim de semana.
De acordo com a empresa, serão realizadas manutenções no Sistema Guarapiranga entre as 22h de sábado (16) e as 2h de domingo (17). O trabalho pode afetar temporariamente o abastecimento de água em diversas regiões atendidas pelo sistema.
A Sabesp informa que a normalização do fornecimento começará de forma gradual logo após o término dos serviços, devendo se estabilizar ao longo do domingo.
A companhia reforça a importância de evitar desperdícios e adotar medidas para economizar água, especialmente durante o período de manutenção, a fim de minimizar os impactos à população.
Após a crise hídrica que deixou moradores de Itapecerica da Serra por mais de 11 dias sem abastecimento de água, a Câmara Municipal aprovou, na primeira sessão após o recesso, realizada nesta terça-feira (5), o substitutivo ao Projeto de Lei nº 1752/2025, de autoria do Coletivo Cléo PQ União e Jones. Todos os vereadores votaram favoráveis a propositura.
A proposta prevê a aplicação de penalidades administrativas às concessionárias responsáveis pelo fornecimento de água e energia elétrica na cidade em casos de falha ou interrupção injustificada dos serviços.
De acordo com o texto, a multa poderá chegar a até mil UFESP por dia e por unidade consumidora afetada, considerando a gravidade da falta, sua duração e eventual reincidência. A penalidade será aplicada mediante processo administrativo conduzido pela Prefeitura, assegurando o contraditório e a ampla defesa.
O projeto, no entanto, exclui situações como manutenção programada comunicada com antecedência mínima de 48 horas, desastres naturais ou problemas de responsabilidade exclusiva do consumidor.
Segundo o Artigo 3º, os valores arrecadados com as multas serão destinados a um fundo municipal voltado para ações emergenciais em saúde, defesa civil e abastecimento durante crises hídricas ou energéticas.
Durante a sessão, o vereador Jones Jr. defendeu a iniciativa com firmeza:
“Esse projeto de lei que apresento hoje – o PL 1752/2025 – não é contra nenhuma empresa. É a favor da justiça, da dignidade e da responsabilidade com quem paga suas contas em dia e recebe o pior serviço possível. Não é justo a população sofrer com apagões, com cortes de água, e ninguém ser responsabilizado por isso. Estamos propondo que as concessionárias que falharem sem justificativa sejam multadas, sim. E mais do que isso: que esse dinheiro seja revertido para emergências em saúde, defesa civil e abastecimento. Ou seja: onde o povo mais precisa. Essa lei diz o seguinte: se a empresa errou, se falhou com a cidade, vai ter que reparar. Vai ter que respeitar o cidadão de Itapecerica. Esse projeto está amparado pela Constituição. É legal, é justo, é necessário", afirmou o vereador Jones Jr.
Agora, o projeto segue para sanção do prefeito Ramon Corsini e, em seguida, deverá ser publicado para entrar em vigor.
Na tarde desta terça-feira (12), um incêndio atingiu uma edificação comercial localizada na Rodovia Armando Salles, altura do número 4.400, no bairro Embu Mirim, altura do pontilhão do Rodoanel, após a entrada do Branca Flor em Itapecerica da Serra.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o chamado foi registrado às 16h27. Quatro viaturas foram enviadas ao local, além de equipes do SAMU e da Defesa Civilm As chamas atingiram cerca de 330 metros quadrados do imóvel. Duas salas da empresa Packe, antiga Plasfan, foram atingidas.
O fogo foi controlado e extinto pelos bombeiros, que seguem no local realizando o trabalho de rescaldo para evitar a reignição. Duas vítimas receberam atendimento do SAMU, mas não há informações sobre a gravidade dos ferimentos até o momento.
As causas do incêndio ainda serão apuradas.
Circulam em grupos de WhatsApp mensagens afirmando que a água será novamente desligada em Itapecerica da Serra neste fim de semana, supostamente por conta de uma manutenção na adutora localizada em Embu das Artes, responsável pelo abastecimento de parte da cidade e de todo o município.
A informação, no entanto, é falsa. Não houve novo rompimento ou desligamento programado no sistema de abastecimento. Segundo apuração, trata-se de mais um caso de fake news, que vem gerando apreensão e insegurança em meio à recente crise hídrica enfrentada pela população.
Moradores relatam que, após mais de uma semana de torneiras secas, ainda convivem com a intermitência do fornecimento. Em vez de tranquilidade, a cidade agora sofre também com a circulação de áudios e mensagens não oficiais que confundem e prejudicam ainda mais quem já foi impactado pela falta de água.
Especialistas alertam que o compartilhamento de informações falsas agrava a desinformação e dificulta a mobilização por soluções concretas.