A Justiça de Embu das Artes determinou, na última quarta-feira, dia 8 de janeiro, a suspensão da eleição da mesa diretora “para que seja assegurada a participação de todos os vereadores na votação”. A sessão de posse, ocorrida no dia 1º de janeiro, foi bastante conturbada e marcada por gritos e xingamentos. Na ocasião, sete vereadores da base governista se uniram a quatro opositores e elegeram, contra a vontade de Hugo Prado e seu grupo, Abel Arantes (Solidariedade) como presidente da Câmara.
Além disso, foram eleitos para compor a mesa diretora: Vice-presidente: Diego Lopes da Paixão (Podemos), Primeiro-secretário: Índio Silva (Republicanos), Segundo-secretário: Gideon Santos Júnior (PV), Terceiro-secretário: Abidan Henrique (PSB) e Suplente da mesa: Bobilel Castilho (MDB)
A juíza Ana Sylvia Lorenzeti Ferreira também solicitou informações à Câmara Municipal, destacando que “a decisão poderá ser revista após a prestação das informações pela autoridade apontada como coatora”.
Grupo dos 11
Em coletiva de imprensa concedida pelo grupo dos 11 vereadores, na última quarta-feira (8/1), na Câmara Municipal, os edis declararam que a eleição da mesa diretora representa "o voto da liberdade". Os vereadores de base afirmaram que irão votar nos projetos que forem benéficos para a população, negaram ruptura com o governo e salientaram que estão abertos ao diálogo, embora, até o momento, ainda não tenham sido procurados pelo governo.
“Foi formado porque tínhamos um sonho. Tentamos uma composição com o governo. Somos base aliada, não houve nada escondido, e pedimos o voto para os vereadores que compõem [o grupo]”, explicou o presidente Abel Arantes. “A nossa maior vitória aqui é a liberdade da Câmara, o equilíbrio dos poderes, é ter uma Câmara forte e que vai lutar pela população”, afirmou. Confira entrevista.
O grupo dos 11 é composto pelos seguintes vereadores:
Abidan Henrique (PSB)
Uriel Biazin (Solidariedade)
Gideon Júnior (PV)
Diego Paixão (Podemos)
Abel Arantes (Solidariedade)
Bobilel Castilho (MDB)
Índio Silva (Republicanos)
Zé do Piscinão (PP)
Juneca (MDB)
Ricardo Almeida (Republicanos)
Léo Novaes (PL)
Mandado de Segurança
Os vereadores governistas Alexandre Campos Silva, Leandro de Souza (Betinho), José de Souza Santos (Dedé) e Vanessa Isabel Teodoro da Silva (Vanessa da Saúde) ingressaram com um mandado de segurança, argumentando que “teriam tido lesado seu direito líquido e certo”, ou seja, “não foram cumpridos os ritos previstos no regimento interno da Câmara”.