Karen Santiago
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Karen Santiago
A Polícia Civil de São Paulo identificou o segundo suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da corporação, Ruy Ferraz Fontes, morto na tarde desta segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista. Segundo o secretário da Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, a Justiça já recebeu o pedido de prisão preventiva dos dois investigados.
Fontes, de 64 anos, foi alvejado em uma emboscada criminosa. Câmeras de segurança registraram o momento em que seu carro foi perseguido, bateu em um ônibus e, em seguida, pelo menos quatro homens desceram de um veículo e efetuaram 21 disparos de fuzil contra a vítima.
Como foi a execução — passo a passo pelas câmeras
As imagens de monitoramento urbano e de estabelecimentos comerciais permitiram às autoridades reconstruir os últimos minutos de vida do delegado:
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Esperando a vítima – O carro dos suspeitos estaciona próximo à Secretaria de Educação de Praia Grande, monitorando a movimentação.
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Início da perseguição – Ao sair do trabalho, Ruy ultrapassa o veículo dos criminosos, que começam a segui-lo. Ele é alvejado ainda em movimento.
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Alta velocidade – O veículo da vítima passa em direção à Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, sendo perseguido.
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Colisão e capotamento – Ruy perde o controle, bate em um ônibus e capota. Um segundo ônibus tenta frear, mas atinge o carro já tombado.
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Execução – Os criminosos descem armados com fuzis. Um fica próximo ao carro, enquanto outros avançam em direção à vítima e atiram.
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Fuga – Após a execução, o grupo foge pela Rua 1º de Janeiro em outro veículo.
Essas imagens foram fundamentais para a identificação dos suspeitos.
Avanço rápido nas investigações
De acordo com Derrite, os criminosos não conseguiram incendiar o segundo veículo utilizado no crime, um Jeep Renegade. A Polícia Técnico-Científica coletou impressões digitais que permitiram identificar os envolvidos.
O primeiro suspeito identificado já havia sido preso quatro vezes, duas por tráfico de drogas e duas por roubo. Quando adolescente, também havia sido apreendido por ato infracional. O nome dele não foi divulgado.
“Todos que participaram desse atentado terrorista, porque é isso que aconteceu contra o doutor Ruy, serão punidos severamente”, disse o secretário Derrite.
Linhas de investigação
Duas hipóteses são apuradas:
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Vingança pela atuação histórica de Ruy contra a liderança do PCC;
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Reação de criminosos insatisfeitos com sua atuação como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
O governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total da segurança pública.
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado”, afirmou.
A SSP formou uma força-tarefa integrada, reunindo equipes das polícias Civil e Militar com experiência no enfrentamento ao crime organizado.
Quem era Ruy Ferraz Fontes
Delegado de carreira, Ruy atuou por mais de 30 anos na Polícia Civil. Em 2001, participou diretamente da prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC. Entre 2019 e 2022, ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo.
Atualmente, estava aposentado e exercia a função de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
Texto com informações G1 / fotos divulgação
Karen Santiago
Desde a última terça-feira (16), milhares de detentos do regime semiaberto em São Paulo foram beneficiados pela saída temporária de presos, conhecida como saidinha, autorizada pela Justiça. O período segue até 22 de setembro, quando eles deverão retornar às unidades prisionais.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a saidinha faz parte do calendário anual estabelecido em cumprimento à Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que permite até cinco autorizações por ano para presos que atendam aos requisitos legais, como bom comportamento e cumprimento mínimo de pena.
Contexto legal
As saídas temporárias são destinadas a presos do regime semiaberto e não contemplam condenados por crimes hediondos ou reincidentes específicos. O benefício tem como objetivo favorecer a reintegração social e a manutenção de vínculos familiares.
O calendário paulista prevê quatro períodos de liberação em 2025: março, junho, setembro e dezembro. O próximo será nas festas de fim de ano.
Repercussão
O tema volta a gerar debate na sociedade. Enquanto especialistas em direitos humanos defendem a importância da ressocialização, setores da segurança pública alertam para riscos. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, comentou em entrevista recente:
“É um direito previsto em lei, mas seguimos acompanhando de perto. As polícias atuam em conjunto para reforçar o policiamento neste período, garantindo segurança à população.”
Retorno obrigatório
Todos os presos beneficiados deverão se apresentar novamente até 22 de setembro, data limite estabelecida pela Justiça. O não retorno caracteriza fuga, implicando em sanções legais e regressão do regime.
Saidinha temporária em São Paulo
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Início: 16 de setembro (terça-feira)
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Término: 22 de setembro (segunda-feira)
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Quem tem direito: presos do regime semiaberto com bom comportamento e autorização judicial
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Próxima data: dezembro de 2025 (festas de fim de ano)
Karen Santiago
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (18), uma mulher apontada como suspeita de participar do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na última segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista. Segundo as investigações, ela teria sido responsável por transportar um fuzil que foi utilizado pelos criminosos durante a execução. Quatro suspeitos foram identificados e são considerados foragidos.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a relevância da prisão: “É uma questão de honra para nós deter todos os envolvidos nesse crime brutal contra o delegado. Embora aposentado, todos sabemos que ele foi um dos que mais enfrentaram diretamente o crime organizado.”
De acordo com a apuração, a jovem de 25 anos teria levado a arma da Baixada Santista até a região do ABC Paulista, onde entregaria o armamento a uma pessoa ainda não identificada. Após a constatação dos fatos, a Justiça decretou sua prisão temporária, cumprida pelos investigadores. O celular da suspeita foi apreendido e passará por perícia.
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, informou que, embora o destinatário do fuzil ainda não tenha sido identificado, a detida forneceu outras informações relevantes que estão sendo analisadas.
As autoridades já haviam identificado outros quatros envolvidos no crime. Na quarta-feira (17), equipes do DHPP, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande cumpriram oito mandados de busca em endereços ligados a Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva. Eles não foram localizados e são considerados foragidos. Materiais apreendidos nos locais foram encaminhados para perícia.
O atual delegado-geral, Artur Dian, apontou as linhas de investigação sobre a motivação do crime: “Pode estar relacionada às investigações complexas das quais o ex-delegado-geral participou, incluindo prisões de lideranças do crime organizado, ou a questões de sua atuação mais recente, como secretário de Administração de Praia Grande, função na qual cabia a ele autorizar ou não determinados contratos.”