Taboão da Serra chegou a triste marca de 422 mortes em decorrência do coronavírus, nesta terça, dia 9 de março. De acordo com a Prefeitura doze pacientes seguem entubados em estado grave, aguardando vaga em UTI. A cidade até o final do dia tinha 59 pacientes internados. Número superior a quantidade de leitos na UPA, configurando assim "um colapso", afirma o coordenador da Vigilância Epidemiologia, Dr. Milton Parron.
Onze mortes ocorreram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Estes pacientes aguardavam transferências para Unidade de Terapia Intensiva, já que a cidade não conta com leitos de UTI e por isso precisa do Governo do Estado para transferir.
De acordo com a Prefeitura de Taboão da Serra a Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), desde 03 de março, nega todas as solicitações. O coordenador da Vigilância Epidemiologia Dr Milton Parron pontuou que somente nesta terça, após repercussão das mortes, quatro transferências foram liberadas.
Durante coletiva de imprensa na tarde desta terça, a secretária adjunta de Saúde, Tamires May afirmou que outros 12 pacientes continuam na fila esperando por uma vaga na UTI. "O estado de saúde deles é grave. Eles estão entubados neste momento e estão inseridos no CROSS (já aguardam transferências). A nossa preocupação é um possível agravamento dos casos e nós não termos a estrutura de alta complexidade, que é uma política do Estado".
A cidade de Taboão da Serra dispõe de leitos de suporte ventilatório e enfermaria. Na última quinta, 4, Aprígio anunciou que até o final de semana, irá criar mais 30 leitos de enfermaria, o que aumentará a capacidade de atendimento em 75%, totalizando 70 leitos exclusivos para COVID-19.
Em nota ao Click Regional a secretaria estadual de Saúde afirma que é errada a informação que negou vagas. "Desde 3 de março, houve 144 regulações de diversos perfis de pacientes, incluindo 14 suspeitos ou confirmados de COVID-19. Portanto, a Cross mantém o auxílio em todos esses dias".
De acordo com a nota, constam na Cross informação de óbito de oito pacientes de Taboão da Serra desde o dia 28 de fevereiro, até ontem (segunda, 8). "As idades variavam entre 53 e 82 anos, sendo idosos ou pessoas com comorbidades, com pedidos registrados em média 24h antes do óbito. Nessas situações, o falecimento ocorreu não por ausência de medidas pelo Estado, mas pela gravidade clínica dos pacientes. Outros dez pedidos registrados no período ficaram sem atualização por parte do município em período superior a 48h, o que inviabiliza o trabalho dos médicos da Cross".