O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou cinco pessoas por tentativa de homicídio com agravantes pelo planejamento e execução no caso forjado de ataque a tiros de fuzil ao ex-prefeito, Aprígio. Para o MP, o crime foi cometido por motivo torpe, mediante pagamento ou promessa de recompensa. A Promotoria diz que os intermediários e os executores combinaram dividir R$ 500 mil para colocarem o plano na prática, "agindo como verdadeiros mercenários e matadores de aluguel". A denúncia também pede que eles se tornem réus pelo crime de associação criminosa, adulteração e incêndio do carro usado pelo crime. A polícia ainda investiga se José Aprígio sabia da farsa.
A investigação da Polícia Civil e do MP-SP indicou que o ataque a tiros contra José Aprígio, logo após a derrota (dia 18/10) acachapante no 1° turno, para o atual prefeito, Daniel, foi forjado. De acordo com as investigações o objetivo era de alavancar a candidatura dele para a reeleição.
Outras três pessoas que estavam no veículo - o então secretário municipal Paulo Sérgio da Silva, o motorista José Carlos Oliveira da Silva e o fotógrafo Jesiel Medeiros Morais. Segundo o Ministério Público, além do ex-prefeito, mais 15 pessoas são investigadas por participar direta ou indiretamente do falso atentado, entre eles três ex-secretários. Os mandantes ainda não foram formalmente identificados pelos investigadores.
Na denúncia, o MP alega que os denunciados assumiram o risco de matar os ocupantes do carro por saberem que as armas de fogo escolhidas tinham "alto pode lesivo" e que a blindagem do veículo não era resistente a armas de grosso calibre.
Foram denunciados:
Gilmar Santos, Odair de Santana e Jefferson de Souza: executores do plano.
De acordo com as investigações Gilmar e Odair foram os autores dos disparos contra o carro em que estava o então prefeito José Aprígio. Jefferson teria ajudado a dupla a atear fogo no carro usado e a fugirem do local.
Os três já tinham sido denunciados por tentativa de homicídio qualificado e associação criminosa, mas o MP incluiu outras duas qualificadoras: para a tentativa de homicídio com dolo eventual: utilização de arma de uso restrito e motivo torpe.
Gilmar está preso e fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público. No acordo, ele trouxe detalhes das negociações para o ataque. Odair e Jefferson também tiveram a prisão decretada, mas são considerados foragidos.
Anderson da Silva Moura, conhecido como Gordão, e Clovis Reis de Oliveira foram intermediários. O MP diz que os dois intermediaram a contratação dos atiradores e deram detalhes do plano. O delator Gilmar afirmou que os dois recebiam informações de um funcionário da prefeitura muito próximo ao prefeito, que se identificava como secretário de obras.
Anderson foi preso na Operação Fato Oculto, deflagrada no dia 17 de fevereiro de 2025.
Com informações G1 / foto divulgação