Segurança

Preso autor do caso mais grave de ataque a ônibus em SP; passageira fraturou o rosto

 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite de domingo (6), um homem acusado de ser o autor do caso mais grave registrado até agora na série de ataques a ônibus que vem assustando passageiros e motoristas na capital e Região Metropolitana. Identificado como E, de P, B., ele é apontado como o responsável por lançar uma pedra contra um coletivo em movimento no dia 27 de junho, na Zona Sul da capital. O objeto atravessou a vidraça do ônibus e atingiu violentamente o rosto de uma passageira, que estava sentada no banco. A vítima teve fraturas em diversos ossos da face, incluindo o nariz, e chegou a correr risco de vida -  relembre.

Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a identificação. Elas mostram um carro vermelho parando próximo à Avenida Washington Luís. Um homem desce do veículo e, da calçada, arremessa a pedra contra o ônibus. O carro foi apreendido pela polícia junto com o suspeito.

Desde o início da onda de ataques, em 12 de junho, 544 coletivos foram apedrejados em São Paulo, na Grande SP, incluindo Taboão da Serra e Cotia. Somente na capital, foram 247 veículos atingidos, segundo dados oficiais. A maioria teve vidros quebrados e precisou ser recolhida, prejudicando especialmente trabalhadores e moradores de regiões de baixa renda, cujas linhas ficaram desassistidas.

A Polícia Civil trabalha com três hipóteses principais de motivação:

  • Ação orquestrada por facção criminosa (PCC);

  • Jovens influenciados por desafios nas redes sociais;

  • Possível sabotagem de empresas que perderam contratos públicos.

A investigação ainda não confirmou nenhuma das linhas de apuração.

Para conter os ataques, a Polícia Militar colocou em prática a Operação Impacto e Proteção a Coletivos, que mobilizou mais de 7 mil policiais em áreas mapeadas em conjunto com a Polícia Civil.

Adolescente morre durante perseguição da GCM em Cotia; dois guardas foram presos e caso é investigado

Um adolescente de 17 anos morreu durante uma ocorrência envolvendo agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Cotia, na Grande São Paulo, na tarde do último domingo (29). A situação está sendo investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que acompanha o caso. A Secretaria da Segurança Pública do Estado informou que dois agentes foram presos em flagrante, e outros dois foram afastados das funções, tendo suas armas recolhidas para análise técnica.

Segundo informações da Polícia Civil, a ocorrência teve início após a identificação de um veículo roubado no qual, conforme relato de vítimas, uma pessoa teria sido mantida presa no porta-malas. Durante a perseguição aos suspeitos, o jovem foi atingido por disparos de arma de fogo e não resistiu aos ferimentos.

Imagens obtidas por câmeras de segurança estão sendo analisadas pelas autoridades. Elas mostram o momento em que um dos jovens corre pela rua Apolônio de Perga, no bairro Parque Ipê, e cai após ser atingido. A perícia confirmou que ele foi baleado no lado esquerdo do tórax. Segundo a Polícia Civil, os dois GCM´s presos, teriam mentido em depoimento ao afirmarem que houve troca de tiros durante um suposto confronto com suspeitos de roubo.

Nota da Prefeitura de Cotia

Em nota oficial, a Prefeitura de Cotia informou que os guardas civis envolvidos na ocorrência foram afastados preventivamente das atividades operacionais como medida de cautela, a fim de garantir a lisura na apuração dos fatos. A gestão municipal também destacou que os agentes estavam em serviço e atuaram no atendimento a uma ocorrência de roubo de veículo com vítimas, uma delas mantida no porta-malas do automóvel.

A administração reafirmou seu compromisso com a transparência, o respeito à legalidade e o acompanhamento do caso pelas autoridades competentes.

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