Na tarde da última quinta-feira, 24de outubro, a Polícia Civil de Taboão da Serra concedeu coletiva de imprensa para falar sobre o atentado que o prefeito e candidato à reeleição José Aprígio sofreu, no dia 18, na principal avenida da cidade. Mais de cinco disparos de fuzil atingiram o veículo que ele estava, um deles conseguiu atravessar o vidro blindado e atingiu a clavícula do prefeito, que segue internado no Hospital Israelita Albert Einstein – confira aqui. Ao todo, quatro criminosos são investigados. Eles são considerados foragidos e já há mandados de prisões contra eles. A polícia ainda aguarda laudo médico, laudo pericial do projétil e do carro onde o prefeito foi atingido para ter mais elementos para a investigação.
Quatro mandados de prisão
Ao todo são quatro mandados de prisão em aberto. Dos quatro criminosos, dois já foram identificados e um já está preso. As identidades de dois criminosos, a polícia ainda mantém sob sigilo, com o intuito de não atrapalhar as investigações. O atentado foi planejado, segundo os delegados.
“Dois deles, basicamente, já estão identificados por vocês mesmos. Vocês já sabem que é o Jefferson e o Gilmar, que já está preso. Isso vocês sabem agora os outros dois mandatos que a gente tem, a gente ainda está querendo manter o sigilo exatamente para não prejudicar a investigação. Se não, a gente acaba caindo numa vala que não vai ser interessante para nós’, afirmou o delegado Dr. Hélio Bressan.
Depoimento do prefeito
Sobre ouvir o prefeito, após o atentado, o delegado explicou que ele e o Dr. Daniel estiveram no hospital em que o prefeito está internado, porém vão aguardar a vítima se recuperar para poder ouvir o depoimento dele. “Nós ainda optamos por não ouvir o prefeito agora, até porque nós tínhamos informações de que o prefeito não havia visto quem era, como foi uma coisa muito rápida, né? Até porque ele está do lado de cá, a coisa veio do lado de lá. Então, a gente, não tem esse problema, porque o prefeito vai estar inteiramente à disposição, tenho certeza disso. Então, estamos esperando ele convalescer, estando em condições vamos ouvi-lo”, explicou Bressan.
Crime e se há mandantes
Segundo o delegado Dr. Júlio Guebert o caso é grave, mas o fato de ser um atentado contra um prefeito e candidato à reeleição o torna mais grave ainda e por isso deve ser tratado com muita atenção e delicadeza, por isso as informações estão sendo mantidas em sigilo. Explicou, também, que a equipe está trabalhando desde que soube do atentado para a elucidação dos fatos e que irá dar uma resposta a sociedade.
“Estamos num caso que muito normalmente já seria grave, mas o que reveste o entorno desse caso torna ele mais grave ainda. É um atentado contra o prefeito dessa cidade num período eleitoral. Há praticamente uma semana das eleições, em que ele concorre à reeleição. Então, isso, além da gravidade dos fatos, tem esse plus a mais, vou dizer assim, então por isso que a gente está tratando esse caso com muita delicadeza. [...] Eu posso garantir para vocês como diretor do departamento é que o nosso pessoal está trabalhando desde o momento dos fatos e não vai parar enquanto não estiver tudo esclarecido”, declarou Dr. Guebert.
"Eu tenho que esperar o laudo médico para me dizer o que aconteceu, mas todas as pessoas que estavam dentro carro e quem estava lá no socorro estão dizendo que ele tinha tomado tiro. Eu não tenho nenhum motivo para não acreditar nisso”, disse Bressan.
A Polícia Civil vai apurar as motivações da tentativa de homicídio e se há mandantes do crime.
“Depois que a gente tiver quem executou exatamente que é o que a gente já está fazendo, nós vamos querer saber a motivação do crime e a motivação podem ser inúmeras. Depois que a gente souber a motivação nós vamos procurar saber se há mandantes dentro disso e, se há, quem são eles", disse o delegado Hélio Bressan.
“Nós temos um cartucho que estava dentro do carro queimado. Nós temos os projéteis que atingiram o carro. Tudo isso a gente precisa de perícia. Nós não temos o laudo do IML ainda sobre as lesões da vítima. Essa parte técnica ainda precisa caminhar", disse o delegado Júlio Guebert, diretor do Demacro.
Estiveram presentes os delegados Dr. Hélio Bressan, Dr. Daniel Cohen e o diretor da Polícia Civil Dr. Júlio Guebert.
Por Click Regional e Informativo Taboão / foto Paco Mariano