Uma jovem de 20 anos foi morta com um tiro na cabeça durante uma emboscada armada por criminosos na Zona Leste de São Paulo, na noite de sábado (1º). O caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e imagens de câmeras de segurança flagraram toda a ação.
De acordo com a Polícia Civil, Beatriz Munhos, o pai, Lucas Jesus da Silva, e o namorado dela, Leonardo Jesus da Silva, haviam negociado a venda de um drone pela internet. O comprador combinado prometeu pagar R$ 27 mil pelo equipamento, mas insistiu que a entrega fosse feita pessoalmente.
A família então saiu de Sorocaba, no interior paulista, e viajou até a capital na noite de sábado, sem imaginar que se tratava de um golpe. Ao chegar à Rua Professor Fonseca Lessa, na Zona Leste, foram surpreendidos por dois criminosos em uma moto, que anunciaram o assalto.
Segundo o depoimento do pai, ele entregou o celular aos assaltantes, mas os bandidos exigiram o drone. Beatriz, que estava dentro do carro, abriu a porta e tentou reagir, atingindo um dos criminosos com spray de pimenta. Em seguida, o outro atirou contra ela, atingindo-a na cabeça. A jovem morreu no local, na frente do pai e do namorado.
Após o disparo, o namorado tentou impedir a fuga dos criminosos segurando a bolsa térmica usada por um deles, que se passava por entregador. O assaltante conseguiu se soltar, abandonou o objeto e fugiu com o comparsa.
Prisão e investigação
Um dos suspeitos, Lucas Kauan da Silva Pereira, de 18 anos, foi preso nesta segunda-feira (3) pela Polícia Civil. Ele é apontado como o piloto da moto usada no crime. De acordo com as investigações, ele aparece nas imagens de segurança levando o garupa que efetuou o disparo fatal.
A defesa do jovem afirmou que ele nega participação e que estava em liberdade assistida. A Justiça decretou a prisão preventiva.
A polícia acredita que Beatriz e sua família foram vítimas de um golpe de “puxada”, modalidade criminosa em que falsos compradores atraem vítimas até um ponto combinado para praticar o roubo com mais facilidade.
“Está claro que foi uma emboscada, bem tramada mesmo, chamada de ‘puxada’. Fazem isso para atrair a pessoa ao local e agir com rapidez”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
