Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, foi morto nesta terça-feira (30) em confronto com policiais civis de São Paulo e do Paraná, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A informação foi confirmada pela Polícia Civil paulista.
De acordo com as autoridades, Gomes estava escondido em um conjunto habitacional popular. Durante a tentativa de prisão, ele reagiu, houve troca de tiros e acabou morto. Nenhum policial ficou ferido.
A Justiça já havia decretado sua prisão temporária, e ele era considerado foragido. Impressões digitais dele foram encontradas em uma segunda casa em Mongaguá (SP), utilizada pelo grupo criminoso envolvido no homicídio.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou em suas redes sociais: “Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem”.
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, declarou que a “necessidade de neutralizá-lo” foi decisiva para garantir a integridade das equipes durante a ação.
Execução de Ruy Ferraz Fontes
O ex-delegado-geral foi assassinado em 15 de setembro, em Praia Grande, litoral de São Paulo. Ele caiu em uma emboscada, quando o veículo em que estava foi cercado e atingido por disparos de fuzil. Aos 64 anos, Ruy tinha histórico de combate ao crime organizado e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcola, líder do PCC.
As investigações apontam que a execução pode ter sido ordenada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que já havia ameaçado o delegado em outras ocasiões. A motivação ainda é apurada.
Suspeitos identificados
Até o momento, sete pessoas foram identificadas por envolvimento no crime:
  • Três estão foragidos: Felipe Avelino da Silva (“Mascherano”), Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luis Antonio Rodrigues de Miranda.
  • Quatro estão presos: Willian Silva Marques, Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (“Fofão”) e Rafael Marcell Dias Simões (“Jaguar”).
Além deles, o nome de Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul” ou “Colorido”, apontado como liderança do PCC na Baixada Santista, também é investigado pelo DHPP.
A Secretaria da Segurança Pública informou que os laudos periciais do caso ainda estão em elaboração. Quem tiver informações sobre os foragidos pode acionar o Disque-Denúncia pelo número 181.

 

Fotos divulgação Polícia Civil e texto com informações G1