Mais de 20 ônibus foram alvos de ataques nas últimas 24 horas na Grande São Paulo. A maioria das ocorrências foi registrada na Zona Sul da capital e em cidades vizinhas, como Taboão da Serra, onde quatro veículos foram apedrejados em plena luz do dia na terça-feira (1º).

Um dos casos mais graves aconteceu na Avenida Washington Luís, próximo ao Aeroporto de Congonhas. Uma pedra arremessada contra um ônibus atravessou o vidro da janela e atingiu uma jovem passageira no rosto. Ela teve o nariz quebrado e precisou ser encaminhada à UPA da Vila Santa Catarina.

Segundo funcionários de empresas de transporte, os alvos principais dos ataques têm sido ônibus mais novos, com vidros que podem custar até R$ 1 mil. Veículos mais antigos, com janelas simples, estariam sendo poupados. Em Taboão, todos os coletivos danificados pertenciam à frota mais moderna.

A Polícia Civil investiga diferentes hipóteses para a onda de vandalismo. Uma das linhas aponta que os ataques podem ser uma reação à instalação de câmeras internas nos ônibus, por temor de que estejam sendo usadas para reconhecimento facial — o que, segundo as empresas, não procede.

Outra frente da apuração considera a possibilidade de retaliação por parte de criminosos ligados a uma empresa que perdeu o contrato para operar linhas na Zona Sul. A motivação estaria ligada a supostas conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Deic (Delegacia de Crimes Organizados) assumiu as investigações e apura se os ataques estão sendo organizados por meio de redes sociais.

Com informações G1 / foto Fábio Tito/g1 e divulgação