Funcionários do Complexo de Saúde “Aurelino Santos”, no Jardim Vazame e do Pronto Socorro central em Embu das Artes reclamam da falta de estrutura, de atrasos nos salários e, além disso, não receberem seus direitos trabalhistas. A situação crítica na saúde da cidade foi denunciada em rede nacional na manhã desta terça, 19 de novembro.

“Até hoje eu não tenho férias. Quatro anos sem férias. Salário atrasado. O ambiente que a gente trabalha é totalmente insalubre. Está complicada a nossa vida”, reclamou uma funcionária. “Meu FGTS não está sendo pago, isso eu acredito que tem uns cinco, seis meses, que a empresa não paga e não dá um parecer. Nosso vale alimentação não pagaram, nosso vale transporte não ‘pagaram’, então a gente tem que tirar do nosso bolso”, denuncia outra funcionária.

O Complexo foi inaugurado em setembro de 2022. Desde de setembro de 2023, o Complexo é administrado pelo Instituto Riograndense de Desenvolvimento Social Integrado. Segundo a reportagem a Organização Social foi contratada de forma emergencial e o contrato foi renovado por mais um ano, até outubro de 2025.

Três outras ex-funcionárias ouvidas pela reportagem enfrentam dificuldade em receber valores referentes aos seus direitos trabalhistas. “Não recebemos nada: dias trabalhados, FGTS. Está tudo atrasado. Estamos nessa luta há 4 meses, não pagam dias trabalhados, FGTS”, afirmam.

Em resposta ao Click Regional a Prefeitura de Embu das Artes informou “que, assim como determina a lei, os repasses só poderão ser 100% regularizados mediante prestação de contas por parte da empresa IRDESI. Sem os devidos relatórios não há legalidade para o envio total dos recursos”, afirma.

Ainda, segundo a nota da Prefeitura “o departamento jurídico da Prefeitura tem notificado e pressionado a empresa a respeito das falhas em alguns setores, não só de RH, como também no atendimento na urgência e emergência”.

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