As propostas de alterações no Plano Diretor de Itapecerica da Serra seguem em discussão. Em entrevista ao site Click Regional, o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Léo Novais, defendeu a atualização do Plano Diretor, “tirar a cidade da inércia”, afirmou.
“Todo o Conisud está atrasado para a atualização do Plano Diretor, em Itapecerica da Serra, ele foi discutido em 2014. Temos que estar com o plano diretor atualizado para estarmos aptos para discutir qualquer projeto que venha do governo estadual e federal. Não podemos deixar a cidade na inércia. A proposta é tirar a cidade da inércia”, defendeu.
O secretário salientou que não há com essas alterações alinhamento para nenhum projeto. “Ela é voltada para o crescimento da cidade de maneira sustentável, diante dos fatos que encontramos hoje do grande número de desmatamentos. Qualquer empreendimento que seja vertical no automático você já tem um percentual de preservação dentro do próprio projeto. Qualquer empresa que apresente o projeto precisa apresentar toda a infraestrutura, se não apresenta não tem aprovação nem pelo município, nem pelo estado. Precisamos estar aptos para o crescimento econômico e sustentável falando”, disse.
De acordo com Léo Novais, o governo Nakano “permite que trancemos a cidade para discussão com governo federal e estadual. Vamos receber investimentos como Minha Casa, Minha Vida ou algum empreendimento. Ainda precisamos entender como é o projeto de moradia do governo do estado, que acredito que virá num curto espaço de tempo. [O município] precisa estar apto para se encaixar nesses programas”, frisou.
Novais defendeu as adequações do Plano Diretor e questionou porque não discutir o Plano Diretor? “Se o plano diretor é da cidade, a cidade tem a obrigação e compromisso de discutir novamente. Temos que ter calma, ninguém está colocando nada garganta abaixo. Mesmo porque veja o grau de lisura e transparência dada na audiência pública. Convidando Itapecerica para participar”, comentou.
Em relação a construção de moradias populares, cerca de 15 mil famílias aguardam por uma moradia na cidade, Léo destacou que “nas margens da Br não tem condições, margem um pouco mais afastada. Não existe soltar conjunto de moradias a 50, 100 metros da Br, pouco mais afastado e área que está a deriva (próximo ao Colégio 8 de Maio - Campo do São Marcos), é que cabe empreendimentos nessa magnitude, mas não colado na br. A proposta não é essa”, disse.
Ainda segundo o secretário “não tem nenhum empreendimento específico hoje, desconheço qualquer empresa que esteja negociando qualquer tipo de empreendimento ali. A colocação é deixar a cidade apta para receber, sair do horizontal para vir para o vertical seguindo todas as legislações, dentro da regularidade e legalidade que hoje já existe”, defendeu.
Por fim o secretário observou: “horizontal agride a natureza e desmata muito mais do que no vertical. A ideia é preservar Itapecerica, se continuar no horizontal vai continuar desmatando”, concluiu.