Postos de combustíveis localizados em Taboão da Serra, Cotia, Santo Amaro, Morumbi e Vila Andrade estão entre os 251 estabelecimentos citados na Operação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). 
A operação, deflagrada em agosto pelo Ministério Público de São Paulo, investiga o uso de empresas e postos de combustíveis em quatro estados para lavagem de dinheiro da organização criminosa. O MP não afirmou ao G1 se os 251 postos estão entre os investigados por terem sido usados para lavagem.
Postos citados na região
Taboão da Serra
  • Auto Posto SF 1638 Ltda — Estrada São Francisco, 1638, Parque Taboão — Ipiranga
  • Auto Posto Estrela de Davi Ltda — Rodovia Régis Bittencourt, 691, Cidade Intercap — Vibra
  • Parque São Joaquim Serviços Automotivos Ltda — Estrada Kizaemon Takeuti, 2184, Parque São Joaquim — Raízen
Cotia
  • Auto Posto 992 Ltda — Estrada Aldeia, 439, Granja Viana — Bandeira Branca
São Paulo (Zona Sul e Oeste)
  • Auto Posto Vila Manzini Ltda — Avenida Vitor Manzini, 450, Santo Amaro — Ipiranga
  • Auto Posto Bering I Ltda — Avenida Washington Luís, 7059, Santo Amaro — Vibra
  • Posto de Serviço Iramaya Morumbi Ltda — Avenida Roque Petroni Junior, 984, Morumbi — Raízen
  • Portal Estrela do Morumbi Centro Automotivo Ltda — Avenida Giovanni Gronchi, 4255, Vila Andrade — Raízen
Operação Carbono Oculto
A Operação Carbono Oculto teve como alvo mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de ajudar o PCC a ocultar valores obtidos com atividades criminosas. Segundo o MP, os investigados movimentavam grandes somas de dinheiro por meio de negócios formalmente registrados, incluindo postos de combustíveis, prática caracterizada como lavagem de dinheiro.
Do total de 251 postos identificados, 233 estão no estado de São Paulo, concentrados na capital e na Região Metropolitana. Quase metade (127) é de bandeira branca, ou seja, não tem vínculo com nenhuma distribuidora. Os demais estão ligados às redes Ipiranga (52), Rodoil (33), BR Petrobras (29) e Shell (12).
Segundo o G1, nenhuma dessas distribuidoras foi alvo da operação.
Posicionamento das distribuidoras
A Ipiranga informou que “não compactua com práticas ilícitas” e que “atua de forma permanente no combate ao mercado irregular, defendendo mais controle e fiscalização no setor”.

Já a Vibra (antiga BR Distribuidora) e a Raízen (licenciada da marca Shell) também negaram qualquer irregularidade e afirmaram colaborar com as autoridades nas investigações.
Fontes: ANP, Tribunal de Justiça de São Paulo, Receita Federal, Ministério Público e reportagem do g1. Foto Veja / reprodução